O fiscal ou projectista da obra regista atrasos no pagamento, entidade crucial para aprovação do projecto e, consequente cumprimento dos prazos contratuais.
As linhas de financiamento à barragem de Caculo Cabaça registam atrasos no pagamento ao fiscal ou projectista da obra, apesar dos avanços na escavação dos dois túneis de restituição e de acesso à central da barragem.
A informação foi avançada pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, no decurso de uma visita de trabalho as obras daquela barragem hidroeléctrica, em construção no município de Cambambe, província do Cuanza-Norte.
Para acautelar constrangimentos futuros, o ministro recomendou reuniões permanentes entre todos os integrantes ao projecto, prometendo trabalhar com o Ministério das Finanças para regularizar a situação.
Apontou, também, constrangimentos técnicos que carecem de integração de alguns equipamentos necessários para evolução da obra, bem como dificuldades geológicas não previstas, em função dos trabalhos no subsolo, que, concorrem para o atraso em outras frentes.
A obra está na ordem dos 14, 07% de execução física e 15% financeira, de acordo com o director do projecto, Augusto Chico.
O empreendimento é co-financiado pela República Popular da China, na componente de construção civil do aproveitamento hidroeléctrico e do sistema de transporte associado, no valor de 4,5 mil milhões USD, e pela Alemanha, na parte do fornecimento e montagem do equipamento electromecânico, orçado em 1,02 mil milhões USD.
A produção de energia na barragem de Caculo Cabaça está prevista para Outubro de 2026, com a entrada em funcionamento da primeira turbina.
As obras, iniciadas em 2017, a cargo do grupo estatal chinês China Gezhouba Group, contam actualmente com 2.500 funcionários, entre nacionais e estrangeiros.
Economia e Mercado, 02/07/2024