O país conhecerá nos próximos meses novas tarifas de energia e água, segundo anúncio feito, nesta terça-feira, dia 5 de Julho, pelo Ministro da Energia e Águas.
Falando à imprensa, a margem da primeira Conferência Internacional sobre as Energias Renováveis em Angola, João Batista Borges, disse que o ajuste vai acontecer tão logo termine o processo de transformação da entidade reguladora numa entidade administrativa independente da tutela, que vai também ver reforçadas as suas competências, uma delas a de fixar preços.
A necessidade de tornar sector atractivo ao investimento privado, é um dos factores que justifica o reajuste. “Temos que continuar a fazer reformas intensivas e investimentos de forma intensiva na expansão da rede de distribuição”, disse o Ministro.
Esse investimento tem de ser feito com esforço estatal mas também por capital privado, de acordo com o governante.
“Para que o sector privado veja este investimento como vantajoso, é preciso que os preços reflictam cada vez mais os custos. Mas também é preciso que os actuais reduzam, como por exemplo, os custos com a utilização do combustível para produção de energia.
Nos últimos cinco anos foram feitos progressos notáveis no domínio da energia eléctrica, segundo o Ministro, que referiu na conferência de imprensa que num futuro breve, com a conclusão da central hidroeléctrica de Caculo Cabaça e com a construção de parques fotovoltaicos, a potência instalada no país passará de 6 para 8 giga watts e a contribuição de fontes energéticas de matriz renovável ultrapassará os 72%, colocando Angola na vanguarda dos países com maior penetração de energias renováveis na sua matriz energética.
Cerca 42.8% da população tem acesso ao serviço público de electricidade. Para cobrir a procura, num país cuja população cresce a um ritmo de 3.3% ao ano, Batista Borges reiterou a necessidade de investimentos públicos e privados.
06/07/2022