Galp encontra indícios de petróleo na Namíbia

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Depois das descobertas da Shell e da TotalEnergies na Namíbia, também a Galp encontrou sinais de petróleo naquele mercado africano, mas diz ser ainda “prematuro” tirar conclusões sobre a viabilidade comercial do projeto, sendo necessário aprofundar os estudos do projeto

A Galp detetou indícios de petróleo no primeiro poço perfurado na Namíbia, no projeto PEL-83, informou a empresa portuguesa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta terça-feira.

A petrolífera portuguesa, que lidera o consórcio que explora esse projeto, com uma participação de 80%, comunicou que a campanha de perfuração, iniciada em novembro, resultou em “sinais da presença de hidrocarbonetos”, mas notou que é “prematuro” tirar conclusões antes de a campanha estar concluída e de todos os dados serem analisados.

A empresa realça que estão em curso os processos de aquisição de dados e de perfuração naquela área do offshore da Namíbia, onde em 2019 o consórcio da Galp já realizou estudos sísmicos 3D (uma das etapas avançadas da prospeção petrolífera, que serve para analisar se as formações geológicas podem acomodar reservas de hidrocarbonetos). Esses estudos cobriram uma área de 3 mil quilómetros quadrados.

A Galp lidera o consórcio do projeto PEL-83, com 80%, cabendo outros 10% à Namcor e ainda 10% à Custos.

Em 2021 a Shell e a TotalEnergies já tinham feito descobertas de petróleo a cerca de 70 quilómetros do local onde está o projeto da Galp, na bacia de Orange.

Em função dos resultados alcançados no seu projeto, a Galp irá avaliar se esta área na Namíbia é comercialmente viável e se justifica avançar para a fase de produção.

Além da Namíbia, a Galp tem em carteira diversos projetos de exploração ou produção de petróleo no Brasil (o seu maior mercado), Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Expresso, 01/03/2024