O Banco de Poupança e Crédito (BPC) continua a liderar a lista das instituições financeiras bancárias, em Angola, com mais recomendações dos serviços prestados aos clientes.
Contra o banco, que conta com 2,75 milhões de contas abertas, os clientes queixam-se de questões ligadas às contas de depósito à ordem (movimentação indevida e sem acesso), sobre crédito à habitação, bem como do funcionamento das caixas de pagamento automático (ATM) e dos terminais de pagamento (TPA), de acordo com o relatório do Banco Central a que ANGOP teve acesso.
Do total de reclamações que chegaram ao Banco Nacional de Angola (BNA), no segundo trimestre deste ano de 2023, por via do seu portal, das 208 queixas, o BPC aparece com 46, liderando assim o ranking das instituições financeiras mais reclamadas, entre bancos sistémicos e instituições financeiras bancárias.
O Banco Angolano de Investimento (BAI) vem a seguir na lista com 34 reclamações, seguido do Millennium Atlântico e o Banco Económico com 22 cada, 17 contra o Standard Bank Angola, 15 contra o BFA, 14 contra o BIC, o Banco Sol com 8, e outros com menor número.
As queixas dos clientes contra os bancos, no geral, estão relacionadas com transferências prestação, operações cambiais, cobranças, cartões pré-pagos, operações com o estrangeiro.
De acordo com o documento do BNA, os temas ligados às contas de depósito à ordem, transparências, prestação de serviços, crédito ao consumo, operações cambiais e máquinas ATM/TPA , congregam um peso de 80,29% do total das reclamações apresentadas ao Banco Central pelos consumidores de produtos bancários.
Durante o segundo trimestre, o BNA diz ter recebido uma média de 69,33 processos por mês, o que corresponde a um aumento de 28,40% face ao trimestre anterior, período em que registados 162 processos.
Em comparação com o período homólogo, observa-se uma redução de 29,69%, visto que no período foram registados 259 reclamações.
No trimestre em balanço, o ranking das instituições financeiras bancárias sistémicas registou uma média de 1 8 reclamações em cada 100 mil clientes, e uma média de 1,60 em cada 50 em clientes se queixaram contra outras instituições financeiras bancárias.
Angop, 30/07/2023