A tripulação de um navio-tanque com bandeira das Ilhas Marshall, extinguiu um incêndio provocado por um míssil lançado pelos rebeldes Houthi no sábado, segundo as autoridades.
O petroleiro operado pela Trafigura – um gigante de trading de metais e de petróleo – que tem como accionista o antigo assessor de José Eduardo dos Santos, Leopoldino Nascimento, foi atingido por um míssil das milícias houthis do Iémen, enquanto transitava no Mar Vermelho, na sexta-feira.
O ataque ao Marlin Luanda veio complicar ainda mais a crise no Mar Vermelho causada pelos ataques dos rebeldes apoiados pelo Irão à guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza. O petroleiro transportava nafta de produção russa, o que levou Moscovo a envolver-se ainda mais num conflito que, até agora, atribuía aos EUA.
O Marlin Luanda ardeu durante horas no Golfo de Aden até ser extinto no sábado, disse a Trafigura, uma empresa comercial com sede em Singapura. A sua tripulação, composta por 25 indianos e dois cingaleses, ainda estava a tentar combater o fogo provocado pelo ataque do míssil. Ninguém ficou ferido com a explosão, acrescentou.
O navio, gerido por uma empresa britânica, transportava nafta russa com destino a Singapura, segundo a empresa. A empresa descreveu o petróleo inflamável como tendo sido comprado abaixo dos limites de preço estabelecidos pelas sanções do G7 impostas à Rússia devido à guerra em curso na Ucrânia. Não ficou claro qual o impacto ambiental causado pelo ataque.
O porta-voz militar dos Houthi, Brigadeiro-General Yahya Saree, reivindicou o ataque ao Marlin Luanda numa declaração pré-gravada na sexta-feira, descrevendo-o como um “navio petrolífero britânico”. Insistiu que tais ataques iriam continuar.
28/01/2024