Investimento estrangeiro directo no Brasil cai 41% em julho

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O Brasil, maior potência da América Latina, recebeu 4,2 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros) em investimento estrangeiro directo (IED) em julho passado, uma queda de 41% face ao mesmo mês de 2022, informou hoje o Banco Central.

No mês passado, chegaram ao país sul-americano 3,5 mil milhões de dólares (3,2 mil milhões de euros) em participações de capital e 713 milhões de dólares (661,1 milhões de euros) em operações de empréstimos concedidos pelas controladoras às suas subsidiárias ou coligadas.

Nos primeiros sete meses de 2023, o investimento estrangeiro directo no país sul-americano atingiu 33,6 mil milhões de dólares (31,1 mil milhões de euros), o que representa uma diminuição de 31,2% face ao mesmo período do ano passado (49,1 milhões de dólares ou 45,5 mil milhões de euros).

Nos últimos 12 meses encerrados em julho, o IDE totalizou o equivalente a 3,54% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, superior aos 3,38% reportados no mesmo período imediatamente anterior.

Por outro lado, o Brasil aumentou as suas reservas internacionais em 1,9 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) de junho a julho, acumulando cerca de 345,5 mil milhões de dólares (320,3 mil milhões de euros).

Isto foi possível graças às “contribuições positivas devido às variações de paridade” entre moedas e aos rendimentos de juros.

O Brasil prevê crescer acima de 2% este ano, com a inflação que se estabilizou nos últimos meses em torno de 4% em termos homólogos, o que levou o Banco Central a afrouxar ligeiramente as taxas de juro, embora estas permaneçam em níveis elevados (13,25%).

Lusa, 25/08/2023