Desvalorização do kwanza “força” BPI a abortar venda do BFA

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O banco português já comunicou a sua decisão, que tem efeitos imediatos, aos dois grupos que tinham apresentado propostas, os angolanos da Carrinho e os britânicos da Gemcorp, assim como aos assessores envolvidos na operação.

Com dois interessados na corrida, o BPI suspendeu a venda da posição de 48,1% que detém no Banco de Fomento Angola (BFA) devido à desvalorização da moeda angolana, o kwanza, avança o Jornal de Negócios.

Há anos que o BPI procura sair do mercado angolano por pressão do Banco Central Europeu (BCE). O banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa tinha recentemente mandato a Exotix, uma boutique especializa em operações de M&A em África, para concretizar a alienação da sua participação financeira no BFA, tendo definido como valor mínimo 411 milhões de euros. O acionista maioritário é a Unitel, com 51,9% do capital do banco angolano.

Actualmente, um kwanza vale 0,0011 euros (0,11 cêntimos), depreciando mais de 40% este ano.

Eco, 07/10/2023