Banco de Crédito do Sul de Silvestre Tulumba encerra III trimestre de 2023 com lucros a caírem mais de 60% para apenas 3,6 mil milhões Kz

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Instituição ligada ao sobrinho do falecido general ed político do MPLA, Kundi Paihama, não consegiu manter os níveis de rentabilidade do terceiro trimestre de 2022. Nos nove meses do ano passado, banco de Tulumba perdeu 6,3 mil milhões Kz. Ou seja, em dólar, estamos a falar de 4,2 milhões de dólares.

As contas de balanço do Banco de Crédito do Sul (BCS), instituição bancária detida pelo jovem empresário Silvestre Tulumba Tyihongo Kapose, mais conhecido por Silvestre Tulumbamas que  no capital do banco é represeuintado pelos seus familiares, fecharam o terceiro trimestre de 2023 com um recuo nos resultados líquidos de 63,5% para 3,6 mil milhões de Kwanzas face ao total arrecado em igual período de 2022, de acordo com cálculos do Kieto Economia, com base nos balancetes do referido período.

Na prática, ao longo dos nove meses de 2023, o banco controlado indirectamente por Tulumba deixou de receber 6,3 mil milhões de Kwanzas, pouco mais de 4,2 milhões dólares, de resultados das operações.

Se no terceiro trimestre de 2022 o banco registou perto de 10 mil milhões de Kwanzas em resultados líquidos, em igual período do ano passado o quadro inverteu, com a contabilidade a inscrever apenas 3,6 mil milhões.

Constituído em 2015 com um capital social de 2,5 mil milhões de Kwanzasd, representado por 2,5 milhões de acções com o valor nominal de 1.000 Kwanzas cada, integralmente subscrito e realizado em dinheiro, o banco gerido por Cristina Florência Dias Van-Dúnem, que substituiu no cargo, em 2022, Maria do Céu da Silva Rebelo Martins Figueira.

Em Março de 2016, o BNA aprovou um aumento de capital para 6 mil milhões de Kwanzas, através da emissão de 3.500.000 acções com o valor nominal de 1.000 Kwanzas, subscritas proporcionalmente pelos accionistas, aumento este que tinha sido aprovado em Assembleia Geral no dia 1 de Outubro de 2015.

A 30 de Outubro de 2017 foi decidido, em Assembleia Geral, proceder a um aumento de capital no montante de 4 mil milhões de Kwanzas, passando o capital social do Banco para 10 mil milhões de Kwanzas. O aumento referido foi realizado pelos accionistas em Março de 2018 e recebeu a autorização do BNA no dia 11 de Junho de 2018.

Finalmente, em Assembleia Geral de Accionistas realizada em de 30 de Julho de 2019, foi aprovado um aumento de capital social do Banco por via de incorporação de reservas no montante de 7 mil milhões de kwanzas, passando assim para um total de 17.000.000.000 Kwanzas.

A estrutura accionista do BCS, com referência a 13 de Julho de 2022, é composta, maioritariemante, por familiares de Silvestre Tulumba, grupo que lhe acompanha e gere os seus negócios na instituição.

Devido à sua forte ligação em vários negócios com o Poder, nomeadamente através das ligações que o seu falecido tio deixou, Silvestre Tulumba Tyihongo Kapose preferiu deixar a gestão directa dos assuntos do BCS com os seus familiares.

Assim, a estrutura accionista do BCS é composta, por ordem de grandeza do capital, por Rafael Arcanjo Kapose, com 47.0%,  Francisca Kamia Kapose, com 45.0%, Severiano Tyihongo Kapose, com 5.0%, e por Sebastião João Manuel, com 0.5%, e Maria do Céu Figueira, que detém 2.5% da estrutra e que já dirigiu o banco.

Kieto Economia, 01/09/2024