O ecossistema de tecnologia em África tem crescido exponencialmente, tornando-se uma parte fundamental da economia do continente.
Empresas como Flutterwave e MNT-Halan têm feito avanços significativos, abrindo caminho para o surgimento de startups inovadoras. O sucesso dessas empresas aumentou a confiança dos investidores, com mais capitalistas de risco buscando oportunidades no mercado africano.
Em 2023, o mercado de tecnologia africano experimentou um reajuste nos investimentos, especialmente entre as nações conhecidas como os quatro grandes mercados de tecnologia. Esta informação vem de ‘Africa: The Big Deal’, uma firma de pesquisa de tecnologia. De acordo com o relatório, a distribuição de financiamento tecnológico entre os quatro maiores mercados de tecnologia da África – Egito, Nigéria, Quênia e África do Sul – começou a se equilibrar.
Por algum tempo, a Nigéria liderou em termos de fundos investidos no seu mercado de tecnologia, mas em 2023, o Quênia ultrapassou a Nigéria, obtendo a maior quantidade de fundos de tecnologia no continente. Pela primeira vez em muito tempo, o financiamento tecnológico nos quatro mercados foi distribuído de maneira relativamente igual.
Em 2023, os ‘Big Four’ atraíram 87% de todo o financiamento de startups na África, sua maior participação desde 2019. Eles abrigaram 71% (357 de 500) das startups que arrecadaram US$ 100 mil ou mais no continente no último ano.
Quênia, com quase US$ 800 milhões arrecadados em 2023, atraiu a maior parte do financiamento, correspondendo a 28% do total do continente. Apesar de uma queda de 25% em relação ao ano anterior, sua participação no financiamento da África Oriental cresceu de 86% em 2022 para 91% em 2023.
Já a Nigéria teve a mudança mais notável, passando de US$ 1,2 bilhão em 2022 para US$ 410 milhões em 2023, o mais baixo dos quatro grandes, apesar de ter 146 startups durante o ano.
O Egito contou com cerca de 48 empreendimentos levantando mais de US$ 100 mil em 2023, o número mais baixo entre os Big Four. No entanto, teve um financiamento total de US$ 640 milhões, o segundo mais alto depois do Egito, e é o lar do unicórnio MNT-Halan, que arrecadou mais de US$ 400 milhões por si só.
Finalmente, a África do Sul teve 70 startups que levantaram pelo menos US$ 100.000 em capital, totalizando US$ 600 milhões em financiamento para 2023.
Este cenário mostra que Angola, embora rica em recursos e potencial, ainda não está no radar dos investidores de startups, que preferem focar em mercados como Nigéria, Quênia, Egito e África do Sul.
01/09/2024
