Caixa Angola foi o campeão dos lucros entre os bancos comerciais não sistémicos

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O lucro que o Caixa Angola contabilizou no ano findo representa um crescimento de 6% face ao resultado positivo de 34,4 mil milhões de kwanzas (41,4 milhões USD) obtido em 2022

O Banco Caixa Geral Angola (BCGA) registou, no ano passado, o quinto maior lucro da banca nacional, ao encerrar o exercício económico com resultado líquido positivo na ordem dos 36,6 mil milhões de kwanzas, correspondente a 44 milhões de dólares, à taxa de câmbio média actual do Banco Central.

O resultado líquido positivo alcançado pelo banco dirigido pelo português João Plácido Pires permitiu dar à instituição o título de campeão em lucro entre os 11 bancos comerciais não sistémicos que operam em Angola, sendo que o montante em causa equivale a 45% do lucro que os 11 bancos comerciais não sistémicos conseguiram alcançar.

Entre 2022 e 2023, o volume de activos do Caixa Angola cresceu 33,4%, saindo de 791,7 mil milhões de kwanzas (951 milhões USD), para os actuais mais de um bilião de kwanzas (1,3 mil milhões USD), o que transformou a instituição de origem portuguesa no sétimo maior banco em activos do mercado, estando a sua riqueza acima de, pelo menos, alguns bancos sistémicos identificados pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

Em Setembro de 2022, o BCGA tornou-se o primeiro banco de capital maioritariamente estrangeiro e a segunda empresa angolana a ter acções admitidas à negociação na Bolsa de Dívida e de Valores de Angola (BODIVA).

O BCGA tem como principal accionista a maior instituição financeira portuguesa, o Caixa Geral de Depósito, que controla 51% das acções do banco. Os empresários António Mosquito e Jaime Freitas controlam, cada, 19,5% acções, ao passo que os restantes 10% do capital é repartido por outros accionistas, entre individuais, empresas e instituições.

O Telegrama, 18/03/2024