Zona Franca da Barra do Dande pode beneficiar de financiamento

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A Sociedade de Desenvolvimento da Barra do Dande (SDBD), poderá contar com um financiamento do Banco Árabe para o Desenvolvimento Africano (BADEA), para a conclusão do projecto de investimento.

A informação foi prestada pelo director-geral da instituição financeira árabe, Sidi Ould Tah, à margem  do fórum económico, realizado em Luanda.

O gestor disse que a instituição irá realizar um plano de investimento para avaliar o custo do projecto que será feito pelos promotores do BADEA, tendo em conta a dimensão da infra-estrutura.

O BADEA, além de possuir uma ampla carteira de activos financeiros, controla ainda um grupo de arquitectos com vasta experiência em construção moderna e de última geração.

Actualmente, o grupo está a desenvolver um grande projecto de construção de novas cidades, na República Democrática do Congo (RDC) e na Serra Leoa, com o financiamento do banco.

“Este projecto que estamos a desenvolver nestes países vão dar resposta ao crescimento da população, por isso, o nosso ramo de arquitectura tem dado suporte aos investimentos em infra-estruturas em muitas economias africanas e não só “, disse Pierre Goudiaby, engenheiro e arquitecto senegalês.

A Zona Franca de Desenvolvimento Integrado da Barra do Dande, está localizada na Comuna da Barra do Dande, Bengo, e integrada na Reserva Fundiária do Estado.

Será implantada numa área total de 5.465 hectares, e fica  40 quilómetros a Nordeste de Luanda e 30 a Oeste de Caxito.

Para a gestão e exploração do projecto, foi constituída em 2021 a SDBD. Sociedade Anónima, de domínio público.

Com vista a garantir a segurança alimentar, dos combustíveis, energética e o desenvolvimento económico e industrial, foi orientada a criaçã̃o de um Terminal de Desenvolvimento Integrado na Barra do Dande e respectiva Zona Franca.

Beneficiários elegíveis

De acordo com a  Constituição, para a assistência pelo BADEA, integram o leque de contra-partes elegíveis ao usufruto dos benefícios resultantes das operações do banco, entidades como governos nacionais dos países africanos, incluindo estruturas estatais provinciais ou agências governamentais e organismos similares; empresas públicas (isto é, estatais) ou privadas, organizações e projectos associados às operações, actividades, negócios ou investimentos em países africanos, ou ainda nos quais tanto governos quanto cidadãos dos mesmos países (isto é, africanos) detenham a maioria absoluta do respectivo capital social; empresas africanas, afro-árabes ou mistas, com propósitos e fins sociais orientados para a promoção do desenvolvimento económico e que tenham ou manifestem necessidades de financiamentos para projectos específicos e concretos.

Conforme define o BADEA, os empréstimos concedidos são direccionados aos governos nacionais ou aos órgãos e instituições afiliados a eles e/ou aos projectos governamentais, ou ainda às empresas com fins e propósitos comerciais ou transaccionais.

Jornal de Angola, 28/01/2023