“Quem disser o contrário não sabe nada de economia”, é com este argumento que Paulo Portas afirma que a Europa precisa de imigração, acrescentando que os imigrantes têm de aceitar os valores europeus.
O antigo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, defendeu na quinta-feira que a economia da Europa precisa de imigrantes, mas que estes têm de aceitar os valores europeus, e considerou que a imigração deve ser regulada.
“A Europa precisa de imigração, quem disser o contrário não sabe nada de economia, e a Europa tem de regular a imigração”, afirmou o também antigo presidente do CDS-PP na décima edição da Escola de Quadros do partido.
Paulo Portas foi o convidado do primeiro jantar-conferência da Escola de Quadros, iniciativa da Juventude Popular, que decorre até domingo em Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro.
O antigo ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa considerou que “quem quiser vir trabalhar para a Europa, e a Europa precisa de quem trabalhe porque está envelhecida, tem de aceitar os valores fundamentais da Europa”, nomeadamente, por exemplo, quanto à dignidade da mulher ou à não promoção da violência.
“É preciso imigração, regulá-la, e não aceitar desobediência aos valores da Europa. Não me parece tão difícil descobrir quais são esses valores, o primeiro é a dignidade do ser humano, não se escondem as mulheres debaixo de burcas“, defendeu.
Paulo Portas considerou que quem violar esses valores não pode permanecer em território europeu.
O antigo líder do CDS-PP referiu também que “Portugal foi um país de emigrantes” e salientou que isso não pode ser esquecido quando se fala de imigração.
“Agora parece que está na moda de certas vanguardas ser contra estrangeiros, turistas e imigrantes. E a economia como fica? Quem vai trabalhar na restauração, na hotelaria, na construção civil, na agricultura? Os problemas são complexos, não acreditem em quem diz que resolve problemas complexos em 140 carateres, está a mentir”, pediu aos jovens que o ouviam.
Na sua opinião, “é preciso equilíbrio” para tratar estas matérias.
Observador , 09/06/2024