O Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (Planoagrao) foi apresentado na campanha eleitoral e oficialmente lançado em dezembro de 2022. O plano foi anunciado como uma iniciativa para aumentar a produção de cereais, incluindo trigo, arroz, soja e milho, com a meta de dobrar a produção atual de 3 milhões de toneladas para 6 milhões de toneladas até 2027, embroa tenha, na altura, suscitado muitas dúvidas por parte de conhecedores do sector.
Com um investimento previsto de 1.178 mil milhões de Kwanzas em infraestruturas e 1.674 mil milhões de Kwanzas para a capitalização do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), o plano busca atrair tanto investimentos públicos quanto privados. As províncias de Moxico, Lunda Norte, Lunda Sul e Cuando Cubango foram selecionadas inicialmente devido às suas condições climáticas favoráveis e disponibilidade de terras.
Apesar do entusiasmo inicial, o Planoagrao enfrentou desafios significativos. A falta de infraestruturas adequadas, como estradas e sistemas de irrigação, além da exclusão de agricultores familiares do projeto, foram apontados como fatores críticos que comprometem o sucesso do plano. Críticas sobre a má gestão dos recursos e a corrupção também surgiram, dificultando ainda mais a implementação eficaz do plano.
Atualmente, os resultados esperados pelo Planoagrao não foram alcançados. A produção agrícola não aumentou conforme prometido, e Angola continua altamente dependente das importações para atender às suas necessidades alimentares. A promessa de transformar Angola no maior produtor de grãos da região austral de África parece distante, e o plano está longe de atingir suas metas.
07/12/2024