Enquanto a Irlanda conquista o topo do ranking de passaportes mais poderosos do mundo em 2025, Angola amarga uma das últimas posições, ocupando o 140.º lugar (empatado) entre 199 países e territórios avaliados, segundo o Nomad Passport Index 2025, publicado pela consultora internacional Nomad Capitalist.
O índice avalia os passaportes com base em cinco critérios: liberdade de viagens (50%), sistema tributário (20%), percepção internacional (10%), possibilidade de manter dupla cidadania (10%) e liberdade individual (10%). Ao todo, Angola obteve 49 pontos, ficando muito abaixo da média global e atrás de vários países africanos.
Liberdade de viagem é o principal entrave
Angola possui acesso facilitado a apenas 64 destinos no mundo — sendo apenas 21 países com isenção de visto, 38 com visto à chegada e 5 com autorização eletrônica de viagem (eTA). Em contraste, países líderes no ranking, como Irlanda, Suíça e Portugal, permitem o acesso sem visto a mais de 180 destinos.
Sistema tributário é um ponto positivo
Apesar da baixa colocação geral, Angola se destaca moderadamente no critério tributação, com 40 pontos, por não tributar a renda estrangeira dos seus cidadãos residentes — um fator atrativo para expatriados e investidores internacionais.
Outros fatores mantêm Angola em desvantagem
Nos quesitos de percepção global, dupla cidadania e liberdade individual, Angola obteve apenas 30 pontos em cada. Isso revela que os cidadãos angolanos enfrentam barreiras relacionadas à forma como são vistos internacionalmente, além de restrições à liberdade pessoal e à possibilidade de manter múltiplas cidadanias.
Irlanda lidera pela primeira vez
A grande surpresa do índice de 2025 é a ascensão da Irlanda ao primeiro lugar, desbancando países como Suíça e Grécia. O passaporte irlandês foi destacado pela sua ampla aceitação global, sistema fiscal competitivo, alta reputação internacional e respeito pelas liberdades individuais.
Angola entre os piores passaportes da SADC, revela índice internacional de 2025
No mais recente Nomad Passport Index 2025, publicado pela consultora internacional Nomad Capitalist, Angola surge com um dos passaportes menos valiosos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), ocupando a 140ª posição global, entre 199 países e territórios avaliados.
A pontuação total de Angola foi de 49.00 pontos, refletindo um desempenho limitado nos critérios de liberdade de viagem, percepção internacional e liberdade individual, apesar de apresentar uma nota positiva no critério de tributação.
📊 Comparação com os demais países da SADC
Abaixo, a posição de cada um dos 16 Estados-Membros da SADC no ranking:
País | Posição Global | Pontuação Total |
---|---|---|
🇸🇨 Seychelles | 57 | 92.5 |
🇲🇺 Maurícias | 69T | 85.5 |
🇿🇦 África do Sul | 100T | 68.5 |
🇧🇼 Botswana | 110T | 63.5 |
🇳🇦 Namíbia | 119T | 57.0 |
🇲🇼 Malawi | 119T | 57.0 |
🇿🇲 Zâmbia | 123T | 55.0 |
🇱🇸 Lesoto | 125T | 54.5 |
🇸🇿 Eswatini | 129T | 53.0 |
🇹🇿 Tanzânia | 137T | 50.0 |
🇦🇴 Angola | 140T | 49.0 |
🇰🇲 Comores | 148T | 47.5 |
🇲🇿 Moçambique | 150T | 47.0 |
🇿🇼 Zimbabwe | 150T | 47.0 |
🇲🇬 Madagáscar | 152T | 46.5 |
🇨🇩 República Democrática do Congo | 187 | 36.0 |
📚 Fonte: Nomad Passport Index 2025, publicado por Nomad Capitalist
(nomadcapitalist.com)
⚠️ Angola está atrás da média da região
Com exceção da República Democrática do Congo, Angola está entre os últimos colocados da SADC, mesmo ficando atrás de países com menos peso geopolítico, como Lesoto, Eswatini e Zâmbia.
🌍 O que explica esse desempenho?
Apesar de ter 40 pontos no critério de tributação (por não tributar a renda estrangeira de residentes), Angola teve uma nota fraca em:
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Liberdade de viagem (acesso facilitado a apenas 64 destinos),
-
Percepção internacional, e
-
Liberdade individual.