Número de palancas negras gigantes pode ser superior a 300

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A inclusão do eco-turismo é uma das pretensões das autoridades administrativas de Malanje, que pretendem dar a conhecer o animal ao mundo.

De acordo com um membro da Unidade Técnica do Comité de Preservação da Palanca, Vaz Pinto, o número de palancas negras gigantes em duas zonas de Angola poderá ter aumentado para cima das 300 desde o último recenseamento em 2019.

Vaz Pinto disse que no Parque Nacional de Cangandala existiam, em 2019, “cerca de 80 animais”, esperando que esse número tenha, hoje, aumentado para cem, embora tenha referido que sem números concretos esse aumento é, para já, apenas uma expectativa e “não um resultado”.

Quanto à Reserva Natural e Integral do Luando havia cerca de 200 animais em 2019, sendo que o número pouco aumentou desde essa altura até hoje.

Os esforços para preservar a palanca negra gigante são apoiados pela multinacional de petróleo e gás norte-americana ExxonMobil Angola que investe há 13 anos milhões de dólares para apoiar as iniciativas do Governo angolano que nas próximas semanas realiza a quinta operação de captura, censo e marcação do antílope.

Armando Afonso, Director de Relações Públicas e Governamentais da empresa, garante que “a ExxonMobil já investiu mais de dois milhões de dólares em actividades de conservação, prevenção e estudo da palanca negra gigante”, acrescentando que “desde 2009 o programa de conservação e parceiros tem investido nas operações de captura, marcação e investigação como forma de garantir o rastreio remoto, monitorização para uma melhor compreensão da biologia da espécie, mas também por razões de segurança com objectivo de manter a espécie viva para as futuras gerações”.

A inclusão do eco-turismo é uma das pretensões das autoridades administrativas de Malanje que pretendem dar a conhecer o animal ao mundo, apesar de continuar insegura no seu habitat, disse o Vice-Governador para o sector técnico e infra-estruturas, Angelino Quissonde.

“É necessário melhorar a gestão dos parques com acções de reabilitação de infra-estruturas, o aumento da sensibilização das populações locais para educar, recrutar e formar novos guardiões do animal”, concluiu.

29/06/2022