O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, incentivou, esta quinta-feira, em Luanda, as pequenas e médias empresas nacionais e estrangeiras a apostarem na exploração petrolífera em terra (onshore) em Angola, particularmente no baixo kwanza e nas bacias de interiores.
Segundo o governante, que falava na abertura do 2.º Fórum de Exploração Onshore/2025, promovido pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Angola vai continuar a criar condições para facilitar o investimento neste sector e garantir a segurança jurídica, bem como promover um ambiente de negócio estável e mutuamente vantajoso.
“Acreditamos que as pequenas e médias empresas têm aqui uma oportunidade para criar valor e posicionarem-se como protagonistas do crescimento e da inovação neste novo ciclo de exploração em Angola”, reforçou.
Diamantino Azevedo apelou aos potenciais investidores a trazerem tecnologia e capital humano com conhecimento para um investimento sólido e duradouro.
“Angola está consciente de que o futuro do sector petrolífero depende da capacidade colectiva para um investimento atractivo, que fomenta a inovação e assegura um quadro regulador estável”, salientou.
Por outro lado, considerou o evento uma oportunidade para troca de conhecimento e informação tecnológica entre os diferentes sectores e especialistas da indústria nacional, face aos desafios que se colocam à indústria aos níveis local, regional e global.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, destacou a importância para a economia as zonas terrestres das bacias sedimentares de Angola, que incluem as próximas da costa, concretamente a do Congo, Kwanza, Benguela e Namibe, assim como as do interior de Cassange e Etoshacavango.
Paulino Jerónimo frisou que a indústria petrolífera vive um momento desafiador e exigente, facto que impõe inovações e uma produção incremental, bem como explorações dentro das áreas de desenvolvimento.
Disse que os trabalhos técnicos nos referidos projectos petrolíferos devem ser acompanhados pela construção de contratos inovadores que estimulem os empresários a investirem nas diferentes bacias, particularmente nas bacias de interior.
“A ANPG tem trabalhado na elaboração de um novo plano de atribuição de concessões 2026/2030, para acelerar o próximo ciclo de descobertas, consolidando Angola como destino preferencial dos investimentos exploratórios em África”, realçou.
O encontro, que termina sexta-feira e visa identificar oportunidades, partilhar experiências e debater desafios técnicos, logísticos e ambientais, reúne especialistas, representantes de empresas do sector e entidades governamentais para analisar o estado actual da exploração petrolífera em terra firme (onshore) em Angola.
Angop, 06/06/2025