A entrada em operação da Central Privada de Informação de Crédito vai permitir aumentar a disponibilidade do crédito e reduzir o nível de malparado.
A primeira Central Privada de Informação de Crédito (CPIC) já está a processar os dados dos clientes que vão ser disponibilizados aos bancos e empresas prestadoras de serviço.
À imprensa, a directora de Mercados da CPIC, Julay Morais, disse que até ao final deste ano os primeiros clientes dos seus serviços terão disponíveis algumas informações.
O banco de dados da CPIC vai incluir todo o histórico de pagamentos relevantes dos consumidores angolanos. O objectivo principal, referiu, é analisar os hábitos de consumo e consequentemente criar capacidade de melhorar aa tomada de decisão na atribuição de crédito.
Com este mecanismo as instituições que concedem crédito poderão conhecer de forma “mais” ampla, o perfil dos seus clientes e reduzir a inadimplência e o super endividamento.
Ainda de acordo com a directora de Mercados da CPIC, o serviço vai permitir às empresas não financeiras venderem os seus produtos a crédito.
Sem informação não há mercado de crédito, disse o economista Carlos Rosado de Carvalho, que realçou o facto de o mercado financeiro funcionar na base da confiança e requerer muita informação.
Comentando a entrada em funcionamento da CPIC, para o jornal da tarde da rádio MFM, o economista disse que o aumento do volume de informação para os bancos e empresas pode contribuir para o aumento do crédito, mas advertiu que há outras coisas que precisam ser feitas.
“Relativamente aos bancos, isso já é possível porque o BNA tem uma Central de Risco onde constam os maus pagadores. Apesar disso, não consta que o crédito estivesse disparado”, observou.
16/08/2022