No passado dia 17 de novembro de 2024 escrevi um artigo denominado “Impacto das eleições Americanas na Economia Mundial” onde entre outras reflexões referia:
“As taxas de importação, incluindo uma taxa universal de 10% sobre as importações de todos os países estrangeiros e de 60% sobre as importações da China, são um dos principais pilares das políticas de Trump e provavelmente terão o maior impacto global.”
“As taxas inibem o comércio global, reduzem o crescimento dos exportadores e pesam sobre as finanças públicas de todas as partes envolvidas. É provável que elas aumentem a inflação nos Estados Unidos, forçando o FED a agir com uma política monetária mais rígida.”
“Esse mesmo aumento da inflação será viral para outros mercados.”
Veremos na realidade o impacto na sua execução em abril de 2025
Desde o dia 2 de abril, quando Trump anunciou tarifas de 10% a 50% sobre produtos importados de mais de 180 países, as bolsas de valores viveram quedas históricas.
Os investidores temem que as tarifas encareçam os produtos que chegam ao país, pressionando a inflação e diminuindo o consumo, o que pode provocar uma desaceleração da maior economia do mundo e até uma recessão global.
Neste contexto, “a incerteza de como vão ficar as relações comerciais e o impacto que isso tem na economia faz com que os investidores fujam dos ativos de risco e procurem mecanismos de protecção”.
O que não previa (Trump) era uma retaliação de mercados como o Europeu e Chinês com taxas ainda mais elevadas por vezes a duplicar nas Importações Americanas.
Nenhuma economia é saudável e sustentável sendo fechada, logo ou os mercados irão se moldar a uma nova realidade com margens brutas inferiores ou estas medidas irão retroceder.
Algo é factual, um destes caminhos terão que ser aplicados ou a economia mundial sofrerá uma crise mais grave que em tempos de pandemia.
* Docente Universitário
Consultor Financeiro
17/04/2025
