Duas centrais fotovoltaicas inauguradas ontem, 20 de Julho, vão fazer o Governo poupar anualmente 85 milhões de dólares norte americanos em combustíveis e aumentar de 62 para 65 por cento a matriz energética de energias renováveis.
Angola entrou hoje para o grupo de países africanos produtores de energia solar com a inauguração de duas centrais fotovoltaicas, localizadas nos municípios da Catumbela e Baía Farta, na província de Benguela.
Os dois projectos em conjunto contam com um milhão de painéis solares, que, quando concluídos, produzirão 370 megawatts e beneficiarão 2,3 milhões de habitantes, informou o Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
Com as centrais solares que vão substituir fontes térmicas, o Governo vai poupar 275 milhões de litros de combustível por ano, o que representa em termos financeiros 85 milhões de dólares norte americanos anuais, assegurou o Ministro.
“Do ponto de vista ambiental, também há que destacar 935 mil toneladas de CO2 que não vão ser emitidas, uma vez que não temos fontes térmicas”, garantiu.
Cerca de 62 por cento da energia produzida no país é a partir de fontes hídricas e 48 de fontes térmicas.
Segundo Baptista Borges, com a inauguração das centrais fotovoltaicas, o país aumenta três por cento na matriz energética de energia solar, o que vai contribuir para que 65% de energia produzida seja renovável.
A meta do Governo é a de ter 72% de energia renovável na matriz energética do país até 2025, referiu o Ministro, lembrando que este é o compromisso que Angola assumiu na cimeira de Glasgow, em Novembro de 2021.
20/07/2022