Contas feitas, as empresas angolanas prestadoras de serviço ficam com menos de 1,3% daquilo que é o valor alocado à indústria de petróleo & gás, segundo o CEO da PetroAngola.
As empresas angolanas prestadoras de serviço ao sector petrolífero ficaram com menos de 4% dos contratos atribuídos à indústria, nos últimos cinco anos, numa média de custos anuais de 15 biliões de dólares, revelou esta Quinta-feira, 29, em Luanda, o CEO da PetroAngola, Patrício Quingongo.
Contas feitas, segundo o responsável, as empresas angolanas tem ficado com menos de 1,3% daquilo que é o valor alocado para a prestação de bens e serviços na indústria de petróleo e gás.
“E, como nós sabemos, o país, actualmente, vive uma crise económica, temos problemas macroeconómicos, há um declínio acentuado na produção petrolífera”, considerou o CEO da PetroAngola, que falava na abertura da 4ª Conferência Anual do Conteúdo Local.
“Há também aqui a questão da transição energética que impacta negativamente os países produtores de petróleo, como é caso de Angola”, apontou Patrício Quingongo
E, infelizmente, entende o também engenheiro de petróleos e mestre em Gestão Internacional de Petróleo e Gás, até agora o país não consegue consolidar o conhecimento e a capacidade das empresas de petróleo e gás.
“E nós, angolanos e operadores no sector, precisamos capitar e conservar o conhecimento e ajudar o desenvolvimento socioeconómico do país, porque pensamos que, a partir do Conteúdo Local, podemos industrializar e diversificar a nossa economia”, acredita Patrício Quingongo.
Forbes África Lusofona , 30/08/2024