Empresários indignados com cancelamento de Concursos Públicos do Ministério da Educação

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O Ministério da Educação cancelou dois concursos públicos, um dos quais previa a aquisição de carteiras escolares para escolas do ensino pré-escolar, primário e secundário.

Dividido em 12 lotes, o concurso visava atender várias províncias, com um investimento significativo e preços unitários pré-estabelecidos. Por exemplo, as carteiras para o ensino primário custariam AKz 80.000 por unidade, enquanto as do ensino secundário seriam adquiridas por AKz 120.000.
No entanto, denúncias de irregularidades no processo e o suposto favorecimento de um empresário estrangeiro levaram ao cancelamento do concurso.

Recentemente num debate sobre a problemática da falta de carteiras nas escolas, promovido pela radio MFM, empresários angolanos garantiram que há no país capacidade para atender a demanda mas lamentaram a continua importação pelo Ministério da Educação de carteiras.

Empresários locais, como Jorge Pinto, da MAROLIV, destacou no debate que a sua empresa é capaz de produzir até 1.500 carteiras por dia, mas enfrenta atrasos nos pagamentos por parte do Ministério. Já Agostinho Capamba, da HABITEC, reforçou que a produção nacional poderia atender à demanda caso fossem feitas mudanças legislativas, como priorizar a madeira de eucalipto no mobiliário escolar. É algo que a HABITEC já faz, referiu, acrescentando que a sua empresa tem um programa de reflorestação de eucalipto.

O Secretário Geral do Ministério da Educação, Euclides Paz, esclareceu que das empresas que já forneceram carteiras e não foram pagas, apenas a MAROLIV, que numa solicitação anterior entregou 69% da encomenda e recebeu 58% do valor. Já a empresa HABITEC do Huambo entregou 44% e foi paga 40%.

27/11/2024