Cresce o número de angolanas que dão à luz em Portugal. As grávidas deslocam-se àquele país no final da gestação para beneficiar da qualidade e da gratuitidade dos serviços de saúde. Quem o faz justifica-se com a intenção de ter um “parto seguro”. No entanto, autoridades angolanas justificam que o País oferece «condições favoráveis».
É um “furo” do semanário português Expresso que o Novo Jornal agora retoma com nomes, profissões e respectivas justificações das angolanas que colocam o País no top 3 das nacionalidades que mais recorrem a Portugal para dar à luz. Segundo aquele jornal luso, que cita o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), entre 2017 e 2021, sete em cada 10 estrangeiras que davam à luz em Portugal eram angolanas.
Duas delas, Ana da Silva e Gustava Osório, 35 e 38 anos, respectivamente, explicam ao NJ por que razão, mesmo não residindo em terras de Camões, escolheram aquela nação para trazer ao mundo os seus filhos. Ana da Silva, por exemplo, diz que preferiu dar à luz o primeiro filho em Portugal, em 2019, por se sentir “mais segura e protegida” lá. “As pessoas ao meu redor (irmãs e amigas) contam horrores que passaram para ter o bebé aqui nos hospitais e até em clínicas. Isso me causou trauma, por isso decidi que o parto acontecesse em Portugal”, lembra.
Mãe do pequeno Kiami, agora com três anos, a funcionária pública recorda que, mal descobriu a gravidez, começou logo a poupar para viajar para Portugal. “Fiz todo o meu acompanhamento pré-natal aqui até ao sétimo mês, depois viajei e fiquei na casa de uma prima até ter o bebé”, explica, antes de assegurar que todo aquele processo “correu muito bem, sem sobressaltos”.
Novo Jornal, 02/03/2023