O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) desembolsou, até agora, 20% da sua carteira de investimentos em Angola, cerca de 1,2 mil milhões de dólares.
Segundo a directora executiva do BAD para a África Austral, Judith Kateera, a pandemia de Covid-19 impediu a implementação de projectos no país, fazendo com que um novo rumo fosse adoptado, com foco na agricultura, energia, água e saneamento.
Destes sectores financiados pelo BAD, o da energia cobre 52,9% da carteira, seguido pela agricultura com 12,49% e água e saneamento com 12,2%.
Judith Kateera, que termina o seu mandato de três anos como administradora executiva do BAD, reuniu-se quinta-feira em Luanda com a ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, para rever o estado de implementação de todos os projectos financiados por esta instituição financeira em Angola.
Em 2020 e 2021 não houve atividades, disse Kateera, acrescentando que agora o Banco está a tentar retomar alguns projectos para implementá-los com base no acordo alcançado na reunião.
A ministra das Finanças, por sua vez, disse que a taxa de desembolso de 20% ainda está abaixo dos níveis que o governo angolano gostaria, acrescentando que pode contar com o banco para aumentar os níveis de prestações.
Judith Kateera revelou que o BAD vai continuar a apoiar a diversificação da economia angolana e a apoiar o sector privado, cuja acção será acompanhada pelo seu substituto, o angolano João Luís Gimbi.
Kateera aproveitou a visita a Angola para entregar à ministra das Finanças o prémio “Ministro das Finanças Africano do Ano”, atribuído pelo African Banker Awards, evento inserido no programa oficial das Reuniões Anuais do BAD.
O reconhecimento, segundo os responsáveis da revista “African Banker” e os organizadores dos African Banker Awards, baseou-se em critérios como o trabalho que a ministra tem desenvolvido a favor da sustentabilidade das finanças públicas, bem como a sua capacidade de enfrentar problemas económicos globais mais desafiadores no contexto actual.
29/07/2022
