Assinado primeiro acordo de exploração petrolífera na Bacia Kwanza

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A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), a TotalEnergies EP Angola e a Sonangol Pesquisa e Produção S.A, assinaram nesta terça-feira, 2 de Maio, um acordo de princípios que pode viabilizar o primeiro projecto de desenvolvimento na Bacia do Kwanza, após a validação final dos parceiros e das autoridades angolanas

O projecto compreenderá uma plataforma flutuante do tipo FPSO, ancorada a 1.700 metros de profundidade de água e ligada a uma rede de produção submarina nos Blocos 20 e 21, localizados a cerca de 150 quilómetros a sudoeste de Luanda.

O presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, declarou que “este acordo vai permitir a primeira produção na zona marítima do Kwanza e poderá vir a contribuir de forma decisiva para a consumação dos objectivos de produção nacional”.

Jerónimo mostrou-se optimista com o potencial do projecto, que pode gerar o interesse de outros operadores e a criação e desenvolvimento de outros projectos na Bacia do Kwanza.

Para o director geral da TotalEnergies Angola, Martin Deffontaines, a assinatura deste acordo significa que os parceiros estão alinhados e têm como objectivo concretizar o primeiro projecto de desenvolvimento petrolífero na Bacia do Kwanza, o qual vai permitir colocar em produção as descobertas Cameia e Golfinho e valorizar novos recursos energéticos nacionais.

“A decisão final de investimento pode ocorrer no ano em que a Companhia celebra 70 anos de presença em Angola”, acrescentou Deffontaines.

O projecto é visto como uma nova aposta tecnológica no domínio da eficiência energética e descarbonização da energia, pois vai incluir desde a sua concepção a geração elétrica a partir de uma turbina de ciclo combinado e zero queima de gás, o que lhe permitirá baixar a intensidade de emissões de carbono.

“A realização deste projecto pode ser uma conquista importante para Angola e representa uma oportunidade para aumentar a produção nacional e atrair mais investimentos para o sector petrolífero do país”, acreditam os subscritores.

O Telegrama, 05/03/2023