Nação africana pode ser membro pleno do Clube de Paris no espaço de 1 ou 2 anos.
A África do Sul passou a sua participação no Clube de Paris para “membro em potencial”, dando um passo significativo para ser a primeira nação africana a juntar-se, de pleno direito, ao grupo de credores mais ricos do mundo.
A economia mais industrializada de África participará em todas as reuniões do Clube de Paris e terá como opção poder tornar-se o 23º membro permanente do grupo.
“Entre um ou dois anos, o país pode tornar-se um membro efectivo, logo este tempo serve como período experimental” , disse um funcionário do Clube de Paris.
A potencial inclusão da África do Sul marca outra mudança para o Clube de Paris, um conjunto informal de nações ocidentais que dominam o financiamento do mundo em desenvolvimento, fundado em 1956. Desde que na última década perdeu a sua posição como o principal credor dos governos a nível mundial para a China, o Clube teve que se expandir para incluir economias emergentes, como o Brasil e a Coreia do Sul.
O Clube de Paris tenta, agora, coordenar esforços globais para evitar uma série de incumprimentos entre os países mais pobres, à medida que o crédito internacional enfrenta dificuldades com o aumento das taxas de juros. A África do Sul assumiu uma posição de liderança no continente africano para encontrar fundos para ajudar os países fiscalmente mais vulneráveis, e que ainda lutam pela recuperação das suas economias no pós pandemia de Covid-19.
A África do Sul tornou-se membro ad hoc do Clube de Paris em 2015, tendo participado em treze negociações de dívida como credor desde 1980.
07/12/2022