África Austral tem de fomentar o investimento externo

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“Devemos concentrar esforços em captar investimento e promover o esclarecimento sobre a utilização e as oportunidades de investimento na região, o que requer fazer o perfil, o diagnóstico, estudos e análises adequadas”, disse o responsável na intervenção na 43ª cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, que decorre hoje em Luanda.

“É preciso criar um ambiente adequado para o investimento nacional enquanto nos dedicamos a atrair Investimento Direto Estrangeiro”, acrescentou António Pedro, num discurso ouvido pelos presidentes de Angola, Moçambique e República Democrática do Congo, entre outros.

Na intervenção, o líder da UNECA defendeu a implementação de políticas industriais que aumentem a possibilidade de exportação e salientou a grande panóplia de recursos naturais à disposição dos países da África Austral, salientando ainda a necessidade de aplicar políticas que favoreçam o conteúdo local e a importância do mercado de carbono.

A 43.ª cimeira ordinária dos líderes políticos da organização regional decorre sob o lema “Capital Humano e Financeiro: Os Principais Fatores para a Industrialização Sustentável na Região da SADC”.

O Presidente de Angola, João Lourenço, que sucede na liderança política do bloco ao seu homólogo da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tchisekedi, discursa na abertura dos trabalhos, que abordarão questões políticas, socioeconómicas, de paz e segurança, capacitação da juventude e das mulheres.

A liderança política da SADC por Angola deverá ser marcada por dois focos de tensões, designadamente o conflito no leste da vizinha RDCongo e os atos de terrorismo em Cabo Delgado, Moçambique, onde a SADC tem uma força (SAMIM – Missão Militar da África Austral) para combater o fundamentalismo islâmico.

A SADC é um bloco económico formado pelos lusófonos Angola e Moçambique, além da África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo, Comores, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Maurícias, Namíbia, Essuatíni, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

Lusa, 17/08/2023