Segundo dados da produção de petróleo e gás referentes ao segundo trimestre de 2025, hoje tornados públicos pelo Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, o volume de petróleo exportado representa uma diminuição de 3,82% face ao trimestre anterior, ainda assim valendo um encaixe na ordem dos 4,7 mil milhões de euros.
O valor bruto das exportações no segundo trimestre registou uma diminuição de 12,5% relativamente ao trimestre anterior e em termos homólogos a redução foi de 29,81%.
O secretário de Estado para os Recursos Minerais de Angola, Jânio Correia Vítor explicou que, durante o período em análise, o comportamento do preço do petróleo no mercado internacional caracterizou-se por uma acentuada volatilidade, resultante da influência combinada de fatores geopolíticos, económicos e de mercado.
“A pressão descendente sobre os preços foi impulsionada, principalmente, pelo agravamento da guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China, com a imposição recíproca de tarifas elevadas, pelo aumento da produção da OPEP+, do Cazaquistão e da Guiana, bem como pela acumulação de ‘stocks’ de petróleo bruto e produtos refinados nos EUA”, argumentou.
Neste período, do volume exportado 31,52% pertence à Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANGP) e 16,21% à Sonangol, seguidas da Azule Energy (13,58%), Total Energies (13,02%), ESSO (8,04%), Equinor (5,63%), SSI e Cabgoc com 5,59% e 4,84%, respetivamente.
A China com 55,33% foi o principal destino das exportações petrolíferas angolanas, seguida da Indonésia (9,19%), Índia (9,18%) e Holanda (5,91%).
Em relação ao gás natural, as exportações nos meses de abril, maio e junho totalizaram cerca de 1,35 milhões de toneladas métricas, com destaque para o LNG (gás natural liquefeito), que resultaram num encaixe de 754,7 milhões de dólares (642 milhões de euros).
Lusa, 25/07/2025
