Angola, o maior produtor de petróleo de África, associou-se à Africa Finance Corporation como accionista, enquanto seu 35º estado membro.
A parceria com a AFC ajudará a impulsionar a próxima fase de crescimento e desenvolvimento do país, disse a Ministra das Finanças, Vera Daves.
“A adesão à AFC oferece a Angola uma parceria muito necessária com uma instituição multilateral africana altamente conceituada que pode apoiar a nossa transição de um modelo económico liderado pelo Estado e financiado pelo petróleo, para um modelo de crescimento liderado pelo sector privado”, disse a Ministra.
“Estamos ansiosos por colaborar com a AFC à medida que nos aproximamos da próxima fase de crescimento e desenvolvimento de Angola.”
A abordagem de investimento da AFC está alinhada com as prioridades do governo através do seu foco no financiamento de projectos de infra-estruturas instrumentais que promovam a diversificação económica e a industrialização baseada em recursos.
Em consonância com isso, a AFC aprovou recentemente 100 milhões de dólares em financiamento para a construção da Refinaria de Cabinda, um projecto nacional prioritário para aumentar o valor local das exportações de petróleo e criar milhares de empregos.
A AFC está a trabalhar com o governo angolano num ‘pipeline’ de outros projectos potenciais, totalizando quase 1 bilião de dólares em vários sectores, incluindo recursos naturais, transporte e energia.
A AFC está a avaliar oportunidades para apoiar plantas de refinaria que conduzirão à produção local, impulsionando a substituição de importações e fortalecendo as redes de produção, juntamente com a construção de um corredor ferroviário que visa melhorar as exportações na sub-região de Angola.
Em 2020, a AFC, como parte de um sindicato, fez um investimento de 45 milhões de dólares na Sonangol, a empresa petrolífera estatal, para apoiar projectos estratégicos, incluindo o desenvolvimento do primeiro complexo solar fotovoltaico de Angola.
Angola é o mais recente membro da AFC, continente onde conta com uma rápida expansão, tendo acrescentado 16 novos países membros nos últimos quatro anos, designadamente o Malawi, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue.
Com a missão de resolver a lacuna de infra-estruturas no continente, a AFC investiu mais de 10 biliões de dólares, utilizando o seu acesso exclusivo aos mercados de capitais globais para impulsionar o desenvolvimento, integrar as economias regionais e transformar vidas.
Os países membros desfrutam de benefícios significativos, incluindo uma maior alocação de investimentos, acesso preferencial às soluções de estruturação e empréstimos da AFC para estados soberanos, custos reduzidos da dívida para projectos e acesso aos serviços exclusivos de consultoria e desenvolvimento de projectos da Corporação. Como accionista, Angola pode co-investir as suas reservas estrangeiras nos activos de infra-estrutura africana sem risco de alto impacto e alto rendimento da Corporação.
“O estatuto de membro e accionista de Angola permite à AFC continuar a apoiar o governo na promoção da transformação industrial necessária para construir uma economia resiliente e inclusiva”, disse Samaila Zubairu, Presidente e CEO da AFC.
“Estamos ansiosos por aumentar nossa parceria com o governo de Angola para atender não apenas a projectos no país, mas em toda a região da África Central e Austral”, concluiu.
08/01/2022
